Uma rosa...
Apenas ser a rosa.
Apenas ser o sonho rodeado de espinhos, a vida com pétalas de rubi.
O verde das suas folhas, reluzente pelos fluídos da madrugada e banhado pelo sol da manhã, reflectem no teu olhar o amor eterno e efémero.
Algo estremece nos meus sentidos quando, num gesto subtil, os meus dedos acariciam as pétalas vermelhas e carnudas.
A penumbra cresce à medida que a palete de cores do crepúsculo se desvanece.
Na Terra finita e sem limites, não vemos para além do alcance dos olhos e as pétalas fecham-se no deleite da luz absorvida, com o prazer abandonado nos lençóis da luxúria.
E quando o primeiro raio romper de novo pelo jardim secreto, estarei à espera para te acolher no orvalho da madrugada.
2 Comments:
Escreve muito bem, parabéns!Gosto muito de ler o que escreve, mas denoto tristeza na escrita!
São apenas reflexos do que flui no meu espírito. Neste post, não era tristeza...
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