25 junho 2008

Partir


Bateu de mansinho numa noite de penumbra.
O vento soprava gélido, e do mar revolto conseguia imaginar o bramido dos navegantes destemidos, lutando com o omnipotente deus do mar, o inominável.
Levantei-me de olhos ainda fechados e abri de par em par a porta velha e podre do meu casebre. Fui fustigada pela cruel rajada, que me penetrou os ossos a precisar de descanso. Não vi ninguém... Mais uma partida do velho rabujento Inverno! Quando estava prestes a adormecer, o som voltou com mais intensidade.
Desta vez, gritei a perguntar quem era. O silêncio foi a resposta...
Levantei-me a resmungar e abri novamente a porta...
A noite transformara-se em dia e o sol crescera assombrosamente. Na praia, o mar acalmara-se e o som das minhas amadas gaivotas enchiam o meu corpo de paz.
Vi-o à minha frente, de braços abertos, sem dizer palavra...
Finalmente, percebi que me indicava o caminho para casa! Parti...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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18:37  

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