05 setembro 2012

Sangue!


És esperança com sabor metálico. 
És luxúria escarlate, que fervilha languidamente no meu corpo exangue.   
Trazes felicidade num ritmo compassado, mas logo te revoltas para seres pânico frenético. 
És a corrente da vida e o rastilho da morte. 
Desejo cheirar-te, sentir-te, mas, acima de tudo, quero saborear-te num pecado confessado de gula medonha.  
És o veneno do meu intelecto e o antídoto da minha existência.
Amo-te sangue meu, elíxir da minha vida.