06 fevereiro 2006

Phoenix de fogo, alma perdida


São os pedaços de algodão que nos são oferta lá de cima, de quem ninguém vê, de quem ninguém sabe.
A imaginação toma conta de mim e pinto-os dos tons que me fazem sorrir.
Saio à noite do meu corpo encharcado em suor, gritando para que alguém me tire as escamas de fogo, que cresceram no renascer...
Senti no dorso o que na memória escondia-se há muito. Era a sensação de voo, de ser envolvida nas chamas novamente. O quente do refúgio, a doce solidão que me enrola nos seus braços de mel .
Submissa a quem me deu esta leveza.Peço-te: leva-me de novo!
Não quero voltar, onde tudo é escuro e sem sentido, onde não há entendimento nem vazio para preencher sem solidão.
Eis a linha, o horizonte que tanto amam, aquela a que todos levam de enlace para se esquecerem de quem são.
Sou eu a ave que renasce das cinzas, talvez num serão me contem a minha história. Antes que a janela se feche e que a vela,finalmente, se apague, para que eu possa voar....