24 fevereiro 2007

O meu outro mundo


A fonte, que cresceu no seio do vale florescente da aldeia velha, é como a carícia do sol no alvor de mais um dia. São os seus salpicos que me refrescam pela manhã e que me dão alento para o dia seguinte.

Ela existe para que o frio do Inverno e o calor do Verão sejam apenas manisfestações do seu dever para com a Terra Mãe, que nos acolhe como filhos...

Somos tementes a um Ser maior.

O Senhor da escuridão, que nos abençoa com a luz e a quem prestamos homenagem, devolve-nos as tempestades e a fome quando está zangado!

Quem somos nós, que nos consideramos pequenos mortais?

Somos o desejo concebido a um gigante que encontrou uma harpa mágica!

Somos o fruto da imaginação dos duendes e fadas da floresta, que cavalgam nas grutas dos anões, montados nos dorsos dos unicórnios.

A chama da curiosidade consome a minha mente e, sonhadora, pego na pena para fazer rabiscos no papiro que o mestre me trouxe...